sexta-feira, 30 de julho de 2010

Consequências de um Olhar




O relógio para de repente
O mundo por algum tempo não gira
A pessoa meio que “pira”
O presente desaparece
O passado volta!
E volta pra valer,
Volta com seus sabores
Difíceis de esquecer!
Sente-se cheiro de bolo de abacaxi
Fica apurado o olfato
O forno parece estar aqui
Quantas lembranças...
Quantos momentos vividos
Quanta saudade...
E tudo parece aliança
Sem começo, meio e fim
Um sempre continuar
Desejos prontos a serem revividos
E a gente se sente revirado
De ponta a cabeça
De frente pra trás
Pelo lado avesso
Tudo isso por um simples olhar é causado.

Belô Poético 2010



































































sábado, 10 de julho de 2010

De Brumadinho a Bonfim

Foto por Márcia Araújo
No meu trajeto vou olhando a paisagem Percebo árvores de tom ferrugem Respondo aos acenos de quem nunca vi Passo por casas em ruínas Ipês amarelos colorem meu caminho Algumas flores são roxinhas Galhos retorcidos formam sombras complexas na estrada do meu pensamento. A ponte torta me causa vertigem A curva do rio me faz pensar na vida, o rio nunca é o mesmo, nem nós somos! Vejo bambuzal, milharal, curral... Capelas e cruzes a margem. Sigo observando vales e montanhas As nuvens formam figuras, pura miragem Pelas janelas abertas a poeira vermelha dança Fazendo par com cada lembrança Na estrada de chão, com suas curvas sinuosas... Passagem para um só... Aproximo-me do meu destino enfim!

Sinais


“Nos desvios de seus olhares
Encontrei minha perdição “(Guilherme Babeto)

Na sua fala, me deparei com esta bifurcação.
Na sua pele, encontrei pista escorregadia.
No seu abraço, encontrei o retorno.
A sua risada, me deixa em uma encruzilhada.
O seu toque me faz pensar em saliências.
O seu sorriso é sinal verde para continuar.
Nos seus beijos, encontrei o abismo,
No qual me joguei.