sábado, 26 de maio de 2012

FÉRIAS


   O que leva pessoas a saírem do conforto de suas casas, rodarem mais de 800 km para se torrarem num sol de deserto, se sujarem de areia, ouvir música que não apreciam, visualizar corpos deformados pela falta de limite, dividir espaço com cachorros, crianças mal educadas, que espalham areia pelo ar, gritam como loucas?
   Chamam a isso de FÉRIAS! Férias?
Isso é tortura!
As pessoas fogem dos problemas, das dívidas, do stress, das preocupações...E se refugiam na praia.
   Acham que os problemas não conhecem o caminho do mar.
Doce ilusão!
   Eles conhecem e vão acompanhando, e as pessoas vão acelerando pela estrada tentando dar um “perdido”.
   Bebem “umas” para anestesiar...
   Tomam banho salgado para exorcizar
Sorriem como loucos para tapear
Nada resolve!
Continuam seres, humanos (ou nem tanto) a procura da falada felicidade!
Que na real está dentro de cada um
Não em um lugar.

ASPIRA DOR


Aspira Dor    

Porque não funciona com a minha?

SE FOR ME ESQUECER....


“Se for me esquecer, esqueça!
Mas esqueça bem devagar “(Mário Quintana)

Esqueça como as ondas vindas de encontro à areia,
Inevitavelmente.
Esqueça como o beija flor a se alimentar,
Graciosamente.
Esqueça como a semente na terra,
Lentamente.
Esqueça como a imagem do barco num por de sol,
Poeticamente.
Esqueça como dor de dente,
Fisicamente.
Esqueça como João de barro construindo,
Pacientemente.
Esqueça como eu tento te esquecer,
Diariamente.
*Quadro de Salvador Dalí

DUALIDADES


Fogo e água, duas forças tão contrárias e tão semelhantes.
Cérebro e coração, tão antagônicos e tão complementares.
Lucidez e alucinação, onde começa uma e termina a outra?
Sistema e caos, tão contrários e no fundo ambos caóticos..
Razão e emoção, por qual guiar-se?
Direito e dever, quem os define?
Luz e sombra, qual é a ausência do outro?
Eu e você....


*Foto de escultura no Expominas

MARGARIDA


Margarida, nome de flor
Que na rima mais simples
Rima com amor!
Margarida, nome de tia
Que a vida me presenteou!
Margarida, nome de amiga
Que tanto me ampara!
Margarida, nome querido
Com quem muito tenho aprendido!
Margarida, nome de mulher
De muita força, de muita fibra!
Margarida é você assim!
Simples como a margarida
E por mim muito querida!

PORTA


*Imagem da internet
                  

Porta fechada, inspira a imaginação, transpira curiosidade.
Porta aberta, convida, chama, clama.
Porta entreaberta, desperta, acende, instiga.
Porta entrefechada,atiça, enfeitiça.
Mas o que dizer diante de uma porta pantográfica?
Cuidado!
É pouco, é muito pouco.
É uma "emoção indizível"(Já dizia o Poetinha)
Os triângulos,os pontos de encontro, a sobreposição,o mostrar e esconder,o vai e vem...
Tudo conspira a te deixar nervoso...
Até você se dispor a transpor a porta e seja lá o que tiver que ser!

domingo, 20 de maio de 2012

Sarau de Antônio Carlos Dayrell

Foi uma manhã de sábado maravilhosa!!!

A exposição tá linda e o sarau foi uma delícia. Uma glória, como disse lá , porque glória é estarmos rodeados de amigos sinceros, poesia, manhã de céu azul, friozinho e isso tudo tivemos ontem!

sábado, 21 de abril de 2012

Sucesso lançamento do poeta Rogério Salgado

                                                  Foto: Virgilene Araújo


Estive lá  e foi um sucesso o lançamento do livro “SaiS”, novo trabalho poético do poeta Rogério Salgado, dia 10 de abril passado, na Livraria Status-Savassi. Estavam presentes artistas, amigos e admiradores do autor, repartindo com ele toda sua alegria. Rogério aproveitou a data festiva e relançou “Tontinho”, seu livro de estreia publicado em 1982, comemorando 30 anos de sua publicação.
“Sais” titulo inspirado numa frase do poeta Aroldo Pereira, curador do Psiu Poético de Montes Claros, que costuma brincar referindo-se ao poeta como “Rogério e seus sais”, pelo seu jeito sincero de dizer o que pensa, vem dividido em duas partes: a primeira feita de poemas que falam das angústias e questionamentos do autor, numa linguagem direta. Já a segunda parte feita de poemas na maioria visuais e concretos, dedicados aos críticos que valorizam esse tipo de trabalho, do qual Rogério sabe muito bem compor, quase não o tendo feito ainda, por pura opção.
O poeta e filósofo Rodrigo Starling, na apresentação do livro nos diz:
“(...)Assim, curto e grosso, defino este “SaiS” como um “acertar na cara da hipocrisia”, verdadeiro ato de coragem. De fato, a obra não comporta meias palavras, todas elas são inteiras e afiadas, seixos pontiagudos que nos sangram a sensibilidade.(...) Ao ler e reler este “SaiS”, estou convencido de que Rogério Salgado é muito mais do que se pensa e muito mais do que se lê: é uma lenda viva de um verdadeiro faroeste em que acabou se metendo a poesia brasileira, em especial mineira.(...)”
Rogério Salgado, que este neste mês de abril foi homenageado no 2º Encontro Nacional de Escritores da Paraíba, realizado pela União Brasileira de Escritores daquele estado, é um desses raros poetas a sobreviver de sua poesia: “Saio de casa cedo com 10 livros na bolsa e vendo em oficinas mecânicas, açougues, lojas de roupas, agências bancárias, consultórios médicos, em todo lugar e volto pra casa com o sentimento de quem cumpriu sua missão de trabalhador.” diz o poeta.
Rogério Salgado é natural de Campos dos Goytacazes, interior do estado do Rio de Janeiro. Filho da pianista Glória Salgado, cresceu ouvindo sua mão tocar piano e recitar poemas em saraus dentro de casa. Reside na capital mineira desde 1980. Desde 2005 realiza com Virgilene Araújo, o Belô Poético - Encontro Nacional de Poesia de Belo Horizonte evento que reúne, na capital mineira, poetas de vários estados do Brasil e do exterior. Publicou mais de 20 livros.
Contatos com Rogério Salgado pelo e-mail: poetarogeriosalgado@yahoo.com.br